O que é Multicloud: Como esta prática muda o jogo para seu produto

O que é Multicloud: Como esta prática muda o jogo para seu produto

Multicloud, quem começou a utilizar os serviços de nuvem recentemente já está sendo beneficiado com muita coisa. Alguns anos atrás, entretanto, seria estranho conceber a realidade de utilizar mais de uma nuvem para o mesmo produto. Hoje esta é uma prática comum e recomendável dependendo do tipo de aplicação.

Sendo assim acreditamos que seria relevante trazer este assunto para você hoje. Queremos dizer um pouco melhor sobre o que é Multicloud e como ele pode afetar diretamente o seu produto. Sendo muitas vezes o fator de diferença para seu produto.

Vamos conferir?

O que é Multicloud?

Multicloud é o nome dado para quando você tem múltiplos serviços e armazenamentos em Nuvem que estão ligado a uma arquitetura heterogênea.

Mas calma, sem necessidade de pânico, basicamente você utilizará vários serviços e armazenamentos para uma só aplicação ou sistema. Assim você conseguirá evitar problemas como a dependência de uma estrutura para rodar seu produto.

Mesmo grandes servidores em nuvem que prometem 99% de tempo de disponibilidade podem encontrar dificuldades. Sendo assim existe a possibilidade de contornar a situação utilizando um serviço público ou privado de nuvem a mais, e há quem escolha vários além de dois.

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Quais as principais Nuvens nos dias de hoje?

Existem hoje 4 principais serviços de Nuvens utilizados e disponibilizados para a maioria das empresas. Eles são:

  • IaaS
  • PaaS
  • SaaS
  • Serverless

IaaS

IaaS significa Infrastructure as a Service, ou infraestrutura como serviço. Ou seja, neste sistema de Nuvem você vai se beneficiar como se fosse um aluguel de um servidor. Um espaço para criar sua aplicação e também contar com a distribuição.

É o serviço mais completo, pois te dá liberdade total. Além de ser o sistema mais escalável. Entretanto é bastante caro, pois é o que normalmente vai exigir mais do prestador de serviço.

PaaS

Este é um serviço um pouco mais limitado e controlado usado principalmente para desenvolvedores. Aqui a empresa contratada se dedica a criar um ambiente completo de desenvolvimento. O objetivo é que você possa entregar tudo para que o projeto esteja em pleno funcionamento, permitindo testes e gerenciamento de aplicativos.

A sigla vem de Plataforma como um serviço (Platform as a Service). E é uma solução mais viável para muitas pessoas.

SaaS

Este é o estilo mais simples de nuvem, e é o mais utilizado para a maioria das pessoas. O modelo de Software como um Serviço permite que você utilize só um software no final, contando com a manutenção e atualizações feitas pelos provedores. Um exemplo clássico seria uma hospedagem WordPress ou Shopify.

Serverless

Este é um sistema interessante para se criar aplicativos e funções. É mais simples que o PaaS e mais completo que o SaaS. Seria algo como um nível intermediário, e é uma opção mais barata para quem está começando a fazer seus primeiros produtos.

Como estes tipos podem conversar

Uma parte da estratégia aqui está em escolher exatamente o serviço que você precisa, assim como ver se é necessário escolher sempre o mesmo serviço para cada nuvem separada. Veja se é possível escolher um serviço mais simples em uma segunda nuvem para que tudo continue funcionando.

Você conhece a GARTNER?

A Gartner Group é uma empresa mundialmente famosa criada no final da década de 70. Seu foco é prestar consultoria na área de tecnologia. Assim eles estão anualmente gerando novos insights, soluções e relatórios que ajudam os clientes a tomarem as melhores decisões.

A empresa em si ganhou fama por conta de seu principal produto: O quadrante mágico da GARTNER. E vale a pena explorar um pouco sobre ele:

O Quadrante Mágico da Gartner

Este quadrante é uma representação gráfica do mercado tecnológico mundial feita levando em conta um período específico. A ideia é utilizar as informações contidas nele para tomar decisões estratégicas no mercado.

Seu nome (quadrante) vem do fato de existirem 4 informações principais, que são:

Líderes: Estas são as maiores e mais influentes empresas do mercado. São as pessoas que irão ditar as regras e procedimentos a serem utilizados. Assim estas empresas sempre cumprem o que é prometido para os clientes.

Desafiadores: Aqui está uma segunda categoria, formada por empresas que estão logo atrás das líderes, muitas vezes ameaçando sua posição. Sua capacidade de atuação é plena, então é normal perceber que sua atuação faz diferença no mercado. Mas isso ocorre em menor escala.

Visionários: São empresas de uma categoria inferior, que normalmente investem forte em pesquisa e desenvolvimento. Entretanto são as que também esbarram com barreiras de tecnologia e estrutura, e muitas vezes não entregam o que prometem.

Concorrentes de Nicho: Estas são empresas mais resumidas, que focam sua atuação em apenas um nicho do mercado. Pense por exemplo em uma empresa que seja especializada em lentes de contato coloridas, ela não é nem uma criadora de lentes e armações para óculos e nem de lentes comuns, só lentes de contato. Esta é uma empresa de nicho, mas neste quadrante o foco seria em tecnologia.

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O que a GARTNER fala sobre Multicloud?

Obviamente uma das maiores autoridades do mundo, como a GARTNER, não ia deixar este assunto de lado. Vários pontos então foram analisados, e uma descoberta interessante é que eles acreditam que os 10 principais provedores de Nuvens públicas no mercado irão comandar metade de todas as Nuvens públicas até 2023.

Ou seja, é fácil notar que o foco ultimamente destas empresas é expandir. E isso mostra que a tecnologia de Multicloud está permitindo um enorme crescimento. E existem três fatores principais que levaram a esta conclusão:

1 – Abastecimento: A análise neste primeiro fator considerou a disponibilidade, velocidade, soberania de dados, custos de trabalho, entre outros. Isto mostra que estas empresas podem proporcionar mais em menos tempo, e por isso vão engolir metade do mercado.

2 – Arquitetura: Cada vez mais as aplicações modernas são feitas em designs modulares. Assim eles abrangem mais servidores em nuvem e podem consumir serviços de mais de uma.

3 – Governança: A ideia de fazer uma governança eficaz, unificando a administração e monitoramento de sistemas de TI é realmente notável. Hoje o foco é padronizar as políticas e processos. Além de disponibilizar ferramentas, principalmente as de organização de custos.

Problemas com o Lock-In

Um dos grandes pontos para nós discutirmos em Multicloud é a necessidade de se encontrar produtos como menor Lock-In possível. Esta é uma técnica antiga para a retenção de clientes, onde a empresa dificulta a retirada de dados e migração para outros serviços.

Isto pode ser feito de dois jeitos principais, que normalmente são encontrados juntos, que são: incompatibilidade e multas. Pense por exemplo na vez em que você contratou um serviço de televisão por assinatura e teve que manter ele por pelo menos um ano para não tomar uma multa. Isto foi uma técnica de Lock-In.

Ou então tente converter um texto do word para ser utilizado em uma ferramenta como o Google Docs ou Libre Office. Verá que a incompatibilidade pode gerar vários problemas de leitura.

Assim funciona o Lock-In, que tinha começado a sumir nos serviços em geral, mas que retomou força nos serviços de nuvem.

Por isso pense na necessidade de escolher serviços onde os bancos de dados podem se comunicar. Se você quer garantir redundância nos seus sistemas, leve em comparação as compatibilidades, veja como você pode usar uma estratégia para tudo isso.

Considerações Finais sobre Multicloud

Esta ainda é uma tecnologia que vai crescer no mercado. A tendência é que com a concorrência tomando seu lugar, muitos pontos acabem ficando mais leves, principalmente na troca de serviços. Práticas como o Lock-In terão a tendência de desaparecer, mas isto vem com o tempo.

Se você ficou com alguma dúvida é só entrar em contato com a gente através deste formulário. Te desejamos todo o sucesso para seus projetos.

Até a próxima!